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preparaçao carros para a pista
Preparação Renault Megane Trophy - Ninco
A decisão inicial para a configuração deste modelo, baseia-se na escolha das jantes. Pelas necessidades de apoio do eixo dianteiro, optamos por utilizar jantes de 17mm, equipadas com pneus de série que monta o Megane. As rodas apoiam-se na pista com jogo vertical suficiente para não termos problemas ao passarmos pelas curvas rápidas.No eixo traseiro, a decisão vem marcada pela altura que temos que deixar a parte traseira do chassi sobre a pista e os pneus que desejamos montar. Os pneus que consideramos óptimos para a competição em pista Ninco, são os Fly Racing. Para montar os pneus Fly, optamos por utilizar as mesmas jantes do eixo dianteiro, as de 17mm, onde os pneus ajustam-se perfeitamente.
Na transmissão, o regulamento das corridas obrigam a utilização da relação de fabrica, isto é, 12/32, com que montamos uma cremalheira ( Coroa ) Pro Race e eixos calibrados. Optamos por manter o pinhão de plástico de série do NC5. Um pouco de lubrificação na engrenagem é sempre bom, porém depois de duas horas o pinhão apresenta claros sinais de desgastes.
Um elemento que teremos que trabalhar é o sistema de fixação do eixo traseiro. Esta peça, situa-se do outro lado da chumaceira que está do lado da cremalheira, que define a posição de ataque do pinhão. Teremos que conseguir ajustar de tal forma, que o jogo entre a cremalheira e o pinhão seja menor possível, porém sem que a pressão chegue a travar o livre giro do eixo.
Quanto as largura dos eixos, aproveitamos ao máximo a largura da carroçaria, ajustando as jantes ao limite do espaço para a roda. No caso das rodas dianteiras, esta busca da largura máxima, deve-se ter em conta o espaço para algum jogo horizontal, que pode-se corrigir com alguns espaçadores.
Como é habitual, fixamos as chumaceiras com cola rápida e o motor com fita cola própria. Uma óptima rigidez destes elementos, evitará os saltos no eixo traseiro ao darmos gás a fundo.
Trabalhamos ligeiramente a pala do patilhão ( guia ) para que não produza nenhum problema com a calha, afilando sobre a parte dianteira e rebaixando um pouco a altura total. Montamos patilhas MB prateadas, que nos oferecem uma óptima durabilidade.
Na hora de fechar o carro, utilizamos parafusos MB métricos curtos, para conseguir uma óptima basculação do conjunto. Deixando ligeiramente frouxos os parafusos, consegue-se um ligeiro jogo entre o chassi e a carroçaria, porém neste carro, não poderá ser demasiado amplo.
Em pista, está preparação amplia as virtudes deste carro, que em minha opinião, é nos dias de hoje, um dos mais divertidos na hora de competir.
Rolamentos, usar ou não usar ?
Tendo como base os problemas ocorridos com alguns chassis na temporada passada, e depois de algumas análises técnicas e economicas, o portal Slotportugal, com apoio da Importécnica, realizou um estudo para tentar minimizar alguns destes problemas. O resultado deste estudo passa pelo uso de rolamentos no eixo traseiros dos modelos slot.
Diferente do que muitos pensam, o uso de rolamentos não é um luxo para poucos, pois actualmente podemos comprar um par de rolamentos a preços que variam entre 3 e 15 euros. Em relação a sua utilização nas competições, penso que já é um assunto ultrapassado, pois nesta temporada já há clubes que permitem o rolamento em algumas categorias, nomeadamente, a JP-Racing no campeonato Le Mans e o AE-Slot do Cacém.
Um carro para ser competitivo tem que estar com as chumaceiras bem coladas, e uma vez coladas, raramente consegue-se retira-las sem danos ao chassi. Logo, para competições diferentes, precisamos de chassis diferentes do mesmo carro. O uso de rolamentos resolve definitivamente este problema, pois poderemos utilizar o chassi para diversas competições diferentes, pois não danificamos o chassi ao substituirmos os rolamentos, e ainda, utilizar os mesmos rolamentos em diversos chassis.Com o uso do rolamento, as vibrações transferidas pelo eixo traseiro não reflectem para o suporte do chassi, sendo absorvida totalmente, sem precisarmos colar o rolamento no suporte do eixo. Considerando que o atrito entre o eixo e as chumaceiras causam um rápido desgaste na parte interna da chumaceira. Em pouco tempo será necessário trocar esta peça, pois a folga entre o eixo e a chumaceira aumentam a vibração do trem traseiro. Isso não acontece com os rolamentos.Para não ficarmos apenas na teoria, fizemos um teste com duas configurações diferentes: Com chumaceiras e motor colados ao chassi e apenas com rolamentos. Mesmo sabendo dos possíveis problemas que poderíamos ter, optamos por não colarmos o motor quando utilizamos os rolamentos. Este trabalho somente foi realizado, porque a Importécnica nos apoiou e forneceu todo o material Ninco necessário para este estudo.Além da Importécnica, contamos também com o apoio do AE-Slot Clube do Cacém, que nos ofereceu a pista para a realização dos testes. Para já, começamos com o Mosler Ninco que terminamos a temporada passada. O carro foi preparado por Filipe Pires e teve excelentes prestações no final da temporada. Sem excessos, marcamos a média de 8.302" com o melhor tempo na casa dos 8.218" baixos na pista azul, ou pista 3. Poderíamos ter ido na casa dos 8.0", como na temporada passada.Nos testes com os rolamentos, utilizamos o Mosler Eclipse, mas colocamos um motor NC6 ProRace, patilhão e pneus do primeiro carro, pois estes factores tem influência directa no comportamento do carro. Trocamos as chumaceiras pelos rolamentos.Para já, o "barulho" do carro muda, fica um pouco mais suave. Sem apresentar qualquer anomalia, o carro chega com facilidade aos 8.469", mas sentimos que podemos ir mais longe. Mesmo com o motor não colado ao chassi, andamos na casa dos 8.375", tendo obtido 8.291" como melhor tempo, o que seria improvável com o uso de chumaceiras nestas condições. Com alguma afinação, poderíamos ir além e até baixar a linha dos 8.0".O mais importante, é que uso dos rolamentos nos proporciona diversas vantagens. Por exemplo, podemos aproveitar o mesmo rolamento para outros carros. Aumentar a vida útil do chassi, que não sofrerá tanto como acontece com as chumaceiras, e não é necessário substituir os rolamentos com a mesma frequência das chumaceiras.
Como vimos nos testes de prestações do rolamento, até poderemos ir um pouco além das chumaceiras coladas. O certo, é que no mínimo apresentam a mesma performance dos sistemas actuais. A nível econômico, o custos/beneficio justifica a sua utilização em todas as competições.
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